Antes mesmo de nascer, o novo membro da família já causa um certo desconforto em quem, até então, era o centro das atenções, o rei do pedaço. Mas existem formas de evitar que o ciúme entre irmãos passe dos limites. Veja dicas que valem para diversas fases da convivência:

Não demonstre preferência por um filho ou outro

O Jeito que o pai ou a mãe gosta de cada filhote está relacionado à afinidade. É normal. O que não é legal é demonstrar preferência.

  • Nunca faça comparações entre eles – são pessoas diferentes. Viva!
  • Incentive a admiração mútua; elogie os pontos fortes de cada um. Todos nós temos pontos fortes e fracos.
  • Lembre-se que seu filho mais quieto também precisa de você, mesmo que não fique pedindo sua atenção e afeto.
  • Passar um tempo com cada filho, separadamente, é bom de vez em quando. Atenção exclusiva ajuda a amenizar a ciumeira.
  • Quando perceber uma situação de ciúme, tome uma atitude, intervenha antes que ela vire uma briga nova – e às vezes mais feia!
  • Se a coisa fugir um pouco do controle, e partir para a agressividade, tente canalizar o sentimento. Atividades artísticas (com argila, tinta, papel, cola, massinha etc.) podem ajudar a aliviar a raiva.
  • Dê exemplo da importância da amizade entre irmãos. Reforce isso sempre, fale dos seus irmãos, se for ocaso, ou de outras famílias.
  • Invente situações para que os irmãos trabalhem em grupo, tais como brincadeiras e jogos.
  • Não entre em pânico com as brigas. Elas fazem parte do desenvolvimento deles, ou melhor, de todos nós.
  • Nunca torne um filho responsável pelo outro. O mais velho não é babá!
  • A rivalidade entre os irmãos é encontrada até entre os animais irracionais. Nas famílias humanas, aparecem em vários níveis.

Quando o primeiro filho nasce, ele recebe 100% de tudo o que os pais podem proporcionar, dos “bens emocionais” aos materiais. Todos os cuidados e necessidades, assim como os momentos para criar vínculos amorosos… tudo pertence a ele.

Então, um “belo” dia, tudo muda, como dizem hoje: “o forninho cai”…

E detalhe: ninguém pediu a opinião ou a “permissão” do primogênito a respeito da chegada de um novo integrante, do irmão ou irmã.

O universo do papai e da mamãe não gira mais em torno do primeiro filho, que perde seu posto para sempre. O que fazer?

Incluir a criança nas atividades que envolvem o irmãozinho ou irmãzinha que ainda nem chegou ajuda.

Mas não impede que surja uma ideia na cabecinha do filho mais velho: “Eles gostam mais do bebê do que de mim”.

Movida por ela, a criança enciumada -e frustrada – pode até começar a agir de forma dissimulada, inclusive tentando machucar o novo filhinho, sabotando a rotina dele.

No entanto, existem aqueles que dizem claramente coisas do tipo “Não gosto desse bebê, quero que vá embora”, entre outras expressões de repúdio. E mesmo quando o nenê não está por perto, o irmão mais velho pode manter o comportamento agressivo de uma forma geral.

Alguns regridem, passando a falar de jeito manhoso, mais infantil, na intenção de retomar seu posto perdido de filho único.

É preciso agir! Os pais precisam fazer algo para frear essa competição ou ela poderá ser responsável por padrões negativos que podem durar a vida toda.

Quando nasce mais um filho, então, a coisa fica ainda mais complicada… Tudo será dividido por três.

A rivalidade, o ciúme entre irmãos é algo tão poderoso que, muitas vezes, compromete os papéis assumidos em uma família e até as profissões que escolhemos quando adultos.

Por exemplo: o grande interesse na vida de alguém pode ser justamente o oposto das escolhas feitas por um irmão.

É bem complexo, não é mesmo? Mas tem jeito…
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Artigo de Sandra Luthemburg, publicado originalmente em Mãe.blog.br. Para lê-lo na íntegra, acesse: http://www.mae.blog.br/ciume-entre-irmaos-saiba-como-lidar/

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Quer saber mais sobre o assunto? Conheça o livro da Summus:

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IRMÃOS SEM RIVALIDADE
O que fazer quando os filhos brigam
Autoras: Elaine MazlishAdele Faber

Das mesmas autoras de Como falar para o seu filho ouvir e como ouvir para o seu filho falar, este livro aborda, entre outros, os seguintes tópicos: como ajudar os irmãos a conviverem bem, como tratar os filhos de forma diferente mas com justiça, como libertar as crianças de rótulos e como agir positivamente no momento das brigas. E, o que é mais importante, os pais aprenderão a resolver conflitos de forma pacífica.

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