Medo de gostar muito, de ser rejeitado, de não ter os sentimentos correspondidos ou de descobrir que o crush promissor não passa de uma roubada são comuns em todo começo de relação.

Na ânsia de fazer um relacionamento dar certo, no entanto, muita gente acaba metendo os pés pelas mãos. Resultado: etapas atropeladas e expectativas frustradas. Inspire-se nas sugestões abaixo para driblar a ansiedade típica do início.

1 – Cuidado com as idealizações

Segundo a psicóloga Mariana Uchôa, coautora do site “Coaching e Terapia”, não há mal algum em fazer planos e ter expectativas de construir um relacionamento feliz e saudável. “Há pessoas que mal começam a se relacionar e já se imaginam de mãos dadas com o par, aposentados, em uma casa de campo com filhos, netos e cachorros”, afirma. É um problema, ainda, se você projeta no outro aquilo que espera de um par ideal. “Isso só gera ansiedade. Em vez de olhar para quem é essa pessoa de verdade, você tenta encaixá-la em suas fantasias”, fala Adelsa Cunha, psicóloga e coautora do livro “Por Todas as Formas do Amor” (editora Ágora).

2 – Mantenha a espontaneidade

Por mais tentador que seja encarnar um personagem que você acredita ser sedutor e atrativo, não há nada mais interessante do que deixar a espontaneidade agir. “Manter a imagem ensaiada gera muita apreensão e não favorece em nada a construção de um vínculo real”, diz Marina Simas de Lima, consultora de relacionamento do Match Group LatAm, detentor de aplicativos e sites de relacionamento.

3 – Analise os pontos em comum e os divergentes

Dê tempo para ver a pessoa como ela realmente é. Converse bastante, troque ideias, repare como ela age e reage diante de circunstâncias negativas (um pedido que veio errado no restaurante ou um atraso seu em um compromisso, por exemplo). Analise quais características agradam e quais as chatices que você terá de relevar ou não. Mas lembre-se: dificilmente você mudará algo, a não ser que o outro queira.

4 – Não abra mão da individualidade

“É importante ter os próprios projetos, amigos e viagens. Não é saudável nem necessário parar toda a vida por causa da entrada dessa pessoa na sua vida. Fazer isso, além de aumentar a ansiedade, gera perda de identidade”, diz Marina.

5 – Não deposite sua felicidade nas mãos da pessoa

Evite olhar para ela como se fosse a tábua de salvação de uma vida amarga e solitária. Ela é só outro ser humano cheio de dúvidas e inseguranças como você. “Um amor serve para colorir mais a vida, e não para dar sentido a ela”, afirma Adelsa.

6 – Respeite seus limites desde o início

Por querer agradar e atender às expectativas alheias, muitas vezes, fazemos coisas que nem gostamos ou queremos fazer. “Deixar claro o que não agrada logo de cara é importante para que haja uma relação verdadeira. Se quem você é de verdade não agrada, é porque a relação não deve continuar. Não permita que a ansiedade te leve a fazer coisas contra sua vontade”, fala Mariana.

7 – Não se deixe levar pelos palpites

Tome cuidado para que a intromissão de amigos e parentes não aumente ainda mais o nível de ansiedade. Mesmo que ouça frases do tipo “essa pessoa não quer nada sério” ou “você vai acabar se machucando”, é você quem pode e deve definir os próximos passos. Claro que conselhos de pessoas queridas não devem ser desperdiçados. “Porém, segui-los o tempo todo à risca pode gerar muita tensão”, diz Mariana. Uma bela filtrada no que ouve e uma boa dose de cautela no que faz são passos seguros.

Matéria de Heloísa Noronha, publicada originalmente no UOL, em 31/01/2018. Para lê-la na íntegra, acesse: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2018/01/31/7-passos-para-driblar-a-ansiedade-tipica-de-inicio-de-relacionamento.htm

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Saiba mais sobre o livro da psicóloga Adelsa Cunha:

POR TODAS AS FORMAS DE AMOR
O psicodramatista diante das relações amorosas
Organizadores: Adelsa Cunha e Carlos Roberto Silveira
Autores: Suzana Modesto DuclósCarlos CalventeCarlos Roberto SilveiraDalmiro M. BustosElisabeth Maria Sene- CostaEni FernandesIrany B. FerreiraMaria do Carmo Mendes RosaMaria Luiza Vieira SantosRosilda AntonioAdelsa Cunha
EDITORA ÁGORA

Esta obra amplia as reflexões sobre o amor, trazendo para o leigo informações sobre o tema e permitindo-lhe identificar-se com o conteúdo abordado. Além disso, sensibiliza o psicoterapeuta sobre a repercussão, em sua prática clínica, de conceitos e preconceitos relacionados às diferentes formas de amar. Entre os temas abordados estão homo e bissexualidade, amor na terceira idade, amores adolescentes e a dor do rompimento amoroso.

 

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