Idosos que adquiriram crenças positivas sobre a velhice ao longo da vida são menos propensos a desenvolver demência. Este efeito protetor foi encontrado em todos os participantes do estudo liderado pela Escola de Saúde Pública de Yale, nos Estados Unidos, inclusive naqueles que têm os genes que aumentam o risco de desenvolver a doença.

Publicado na revista PLOS ONE, o estudo relata que idosos com crenças positivas tinham 50% menos chance de ter a demência em comparação aos idosos que tinham crenças negativas. O estudo é o primeiro a examinar se as crenças de idade baseadas na cultura influenciam o risco de desenvolver demência entre pessoas mais velhas.

“Descobrimos que as crenças de idade positivas reduzem o risco da demência, mesmo com fatores genéticos envolvidos. O que seria caso de implementar uma campanha de saúde pública contra o ageísmo (discriminação etária), que é uma fonte de crenças negativas sobre a idade”, disse Becca Levy, principal autora do estudo.

Levy e sua equipe estudaram um grupo de 4.765 pessoas, com idade média de 72 anos, que estavam livres de demência no início do estudo. Cerca de 26% dos participantes tinham genes que aumentavam o risco da doença.

O estudo demonstrou que os portadores desses genes com crenças positivas sobre o envelhecimento tinham um risco de 2,7% de desenvolver demência, em comparação a um risco de 6,1% para aqueles com crenças negativas sobre envelhecer.

A demência aflige, principalmente, pessoas mais velhas e é marcada por perda de memória e incapacidade de realizar tarefas.

Matéria publicada originalmente no portal Viva Bem, do UOL, em 09/02/2018. Para ler na íntegra, acesse https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/02/09/crencas-positivas-sobre-o-envelhecimento-reduzem-risco-de-demencia.htm

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VELHICE
Uma nova paisagem
Autora: Maria Celia de Abreu
EDITORA ÁGORA

Estima-se que, em 2050, a população de pessoas com mais de 60 anos comporá 30% da população brasileira, ou seja, cerca de 66,5 milhões de pessoas. Ao lado do grande crescimento do número de idosos, há também o aumento da expectativa de vida: hoje, no Brasil, vive-se em média 75 anos. Assim, todos nós estamos ou muito em breve estaremos envolvidos com velhos: por sermos idosos, por termos alta probabilidade envelhecer ou porque nossos produtos tendem a ser consumidos por esse público. Por que, então, a velhice permanece um estigma em nossa sociedade?

A fim de mudar essa visão, a psicóloga Maria Celia de Abreu propõe neste livro transformar visões e ideias preconcebidas a respeito do velho. Partindo de estudos teóricos sobre a psicologia do envelhecimento e de vivências colhidas em grupos de estudos, ela propõe que a vida passe a ser encarada como uma estrada que percorre diversas paisagens diferentes – nem melhores nem piores que as outras.

Com exercícios de conscientização e exemplos práticos, a autora discorre sobre inúmeros assuntos pertinentes à velhice, como corpo, sexualidade, memória, perdas, luto e depressão. Fundamental para idosos, seus familiares, cuidadores, pesquisadores.

Prefácio de Mario Sergio Cortella.

 

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