Matéria publicada no iG – Saúde, em 19/06/2018.

Crianças menores de cinco anos compõem o grupo com menos adesão do público-alvo para a campanha de imunização, com 4,4 milhões sem vacina

O Ministério da Saúde informou que 9,5 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo ainda não se vacinaram contra gripe. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (19), a apenas três dias para o fim da campanha nacional de vacinação, que termina nesta sexta-feira (22).

Deste total, 4,4 milhões são crianças menores de cinco anos. Por causa da baixa cobertura vacinal contra gripe , o governo já havia prorrogado a campanha por mais uma semana. A meta do governo é atingir 90% do público prioritário, que totaliza 54,4 milhões de pessoas, mas o índice de cobertura alcançado até agora foi 80,7%, o equivalente a 44,8 milhões de pessoas.

As crianças de seis meses a cinco anos de idade e as gestantes, um dos grupos prioritários mais vulneráveis à gripe, registram o menor índice de vacinação contra a gripe, com cobertura de apenas 65% e 68,9%, respectivamente. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe é o de professores, com 95,1%, seguido pelas puérperas – mulheres que deram à luz em até 45 dias -, com 94,1%. Os idosos, cujo índice de cobertura é de 88,7% e a população indígena, com 88,5% de vacinação, aparecem em seguida entre os públicos imunizados. Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 86,8%.

A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Por região

A região Sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 74,62% do público-alvo imunizado. Em seguida estão as regiões Norte (74,67%), Sul (83,4%), Nordeste (86,8%) e Centro-Oeste, com a melhor cobertura até agora: de 95,4%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 56% e Rio de Janeiro, com 61,1%, informou o ministério.

Disponibilidade

Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação contra a gripe poderá ser ampliada para crianças de 5 a 9 anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. Em nota, o Ministério da Saúde reforçou a importância dos estados e municípios continuarem a vacinar contra a gripe os grupos prioritários, em especial crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença.

A região Sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 74,62%. Em seguida estão as regiões Norte (74,67%), Sul (83,4%), Nordeste (86,8%) e Centro-Oeste, com a melhor cobertura: 95,4%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 56% e Rio de Janeiro, com 61,1%.

Dados

O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 9 de junho, foram registrados 2.715 casos em todo o país, com 446 óbitos. Do total, 1.619 casos e 284 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 563 casos e 87 óbitos. Além disso, foram 259 registros de influenza B, com 30 óbitos e os outros 274 de influenza A não subtipado, com 45 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.227 casos e 204 óbitos por complicações relacionadas à gripe.

Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a média de idade foi 52 anos. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,18% para cada 100 mil habitantes, segundo dados do ministério. Dos 374 indivíduos que foram a óbito por influenza, 267 (71,4%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas. Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é garantida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para ler a matéria na íntegra, acesse: http://saude.ig.com.br/2018-06-19/gripe-vacinacao-campanha.html

 

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Desde o surgimento da primeira vacina, no fim do século XVIII, centenas de milhares de mortes foram evitadas e dezenas de moléstias, combatidas. Estima-se que, nos últimos dois séculos, as vacinas proporcionaram um aumento de cerca de 30 anos em nossa expectativa de vida.

Porém, nos últimos anos, um grande movimento internacional contra as vacinas tem chamado a atenção de pais, profissionais de saúde e educadores. Partindo de informações contraditórias e de dados sem comprovação científica, seus membros alegam ter o direito de escolher vacinar ou não os filhos. No entanto, essa decisão, que de início parece individual, tem consequências coletivas, fazendo por vezes ressurgir epidemias que se consideravam erradicadas.

Escrito por dois pediatras e um infectologista, todos com vasta experiência em imunização, este livro apresenta:

  • um histórico do surgimento e da consolidação das vacinas;
  • os benefícios da imunização para a saúde individual e coletiva;
  • os mitos – pseudocientíficos e religiosos – associados a elas, como o de que a vacina tríplice viral provoca autismo;
  • as respostas da ciência a esses mitos;
  • as consequências da não vacinação para os indivíduos e a comunidade;
  • as reações adversas esperadas e como agir caso isso aconteça;
  • as implicações éticas e legais da vacinação compulsória.

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