Autora do livro Entre a oralidade e a escrita: a etnografia nos candomblés da Bahia (Ed. da UFBA, 2008) e de diversos artigos publicados no Brasil e o exterior, possui doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é pesquisadora de pós-doutorado no Centro de Pesquisa em História Social da Cultura – Cecult, da Unicamp.
Livros deste autor
		        	
			
				
					
					
 
     
                          
            
                
                Da escravidão à pós-emancipação
- Adriano Bernardo Moraes Lima
 - Cristiana Tramonte
 - Flavio Gomes
 - e mais 17 autores
 
	R$120,90
                
                    Na historiografia brasileira, ainda são poucos os estudos que revelam em detalhe as práticas cotidianas, de invenção da cultura – também a material –, cobrindo todo o Brasil rural e urbano da escravidão e da pós-emancipação. O que acontecia no interior das senzalas, nas matas circunvizinhas das fazendas ou nos becos, casebres e zungus (como eram chamadas as moradas dos africanos e crioulos nas cidades)? Muita coisa a ser redescoberta, descrita e analisada. Entre os séculos XVII e XIX, as experiências religiosas, sobretudo as de origem africana, foram reinventadas e modificadas permanentemente em diversos espaços. Nesta coletânea, os organizadores reúnem pesquisas inéditas sobre as formações religiosas negras em cidades coloniais e pós-coloniais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Maranhão, Alagoas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Das devassas em torno dos calundus ao sincretismo com o catolicismo de monges beneditinos; da perseguição do Tribunal de Inquisição às santas africanas; do medo da feitiçaria à união entre religião e política; das batidas policiais que reprimiam e perseguiam as casas de dar fortuna, os cangerês e o candomblé às influências africanas sobre festas religiosas católicas. Assim, este livro mostra que, ao longo do tempo, experiências religiosas se inventaram e se renovaram, perdendo e ganhando sentidos, significados e símbolos. Em meio à intolerância – inclusive racial,  social e cultural –, encontramos disputas pela memória, pela origem e pelos mercados da crença.