ISBN: 9786555491814
Gestalt-terapia e relações étnico-raciais
Organizador(es): Livia Arrelias, Mariana Magalhães
Autor(es): Carolina Rigolon, Eloísa Barros, Kahuana Leite., Livia Arrelias, Mariana Araujo, Mariana Magalhães, Mayana Tomaz, Renata Aparecida Basto Santos, Renata Inã Kamekran (Renata Almeida Figueira), Thainá Nogueira Anegue, Tiago Ferreira, Yanny Santana
Este livro foi escrito por profissionais da psicologia e da Gestalt-terapia — pessoas negras, brancas e indígenas — que vivem diferentes experiências no âmbito das relações étnico-raciais. Entre os temas abordados estão os saberes ancestrais indígenas, a postura do terapeuta diante de clientes negros, espiritualidade e Gestalt-terapia, psicoterapia com famílias inter-raciais, atendimento no Sistema Único de Assistência Social, as marcas que a favela imprime em seus habitantes, masculinidades negras, adoção e branquitude, sexualidade de pessoas negras e corpos ímpares.
R$91,10
Livia Arrelias
Psicóloga negra da Amazônia (AP/PA), Gestalt-terapeuta e doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Entre meus temas de interesse estão: relações étnico‑raciais na clínica, políticas públicas de assistência social e educação
e formação em psicologia.
Mariana Magalhães
Mulher branca, carioca, mãe apaixonada pelo príncipe Theo. Fundadora e diretora do Instituto Ciclos: Arte do Contato em Gestalt-terapia — curso de formação em Gestalt-terapia. Psicóloga graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Gestalt-terapia e
Atendimento Familiar (IGT). Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente em faculdades, universidades e cursos de formação em Gestalt-terapia. Psicóloga clínica que realiza atendimentos individuais e de grupos, casais e famílias. Supervisora
clínica.
Carolina Rigolon
Psicóloga clínica, Gestalt-terapeuta e especialista em Psicologia Clínica com ênfase em Gestalt-terapia. Atua em consultório, realizando atendimentos clínicos voltados para adultos e idosos. Moradora de favela desde a infância, carrega em sua trajetória as marcas e potências de uma vivência atravessada pelas desigualdades presentes nesse território. Sua escuta clínica é marcada pela sensibilidade às questões estruturais e de classe e pelo compromisso ético-político com uma psicologia implicada na transformação social. Acredita na potência dos vínculos e nas relações humanas profundas como caminhos de cuidado, resistência e transformação.
Eloísa Barros
Mulher negra amazônida, de Óbidos (PA), filha da Antoniêta e do Chico, psicóloga, Gestalt-terapeuta, especialista em Saúde e mestre em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Estuda a psicologia e a Gestalt-terapia situadas nas Amazônias, psicologia social comunitária, psicologia e direitos humanos e hábitos culturais de saúde coletiva.
Kahuana Leite.
Escreve poesias, gosta das palavras, de ouvi-las e também de dar espaço para que apareçam na escrita. É uma pessoa parda, não binária e bissexual. Atua como pesquisadore e psicólogue, sensível às relações de gênero, sexualidade e raciais. Nasceu na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, no oeste do Paraná. Formou-se em Psicologia pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Os deslocamentos entre sul e norte são um marcador importante em sua história e em suas palavras. Também no Acre, fez formação em Gestalt-terapia no Centro de Capacitação em Gestalt-terapia (CCGT). Atualmente, vive no Rio de Janeiro, onde tornou-se mestre em Psicologia e cursa doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa os seguintes temas: Gestalt-terapia, clínica gestáltica, transfeminismo, cis-heteronormatividade e branquitude.
Livia Arrelias
Psicóloga negra da Amazônia (AP/PA), Gestalt-terapeuta e doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Entre meus temas de interesse estão: relações étnico‑raciais na clínica, políticas públicas de assistência social e educação
e formação em psicologia.
Mariana Araujo
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) e especializanda em Terapia de Família na
mesma instituição. Atua como psicoterapeuta na clínica particular e em projeto voltado para o atendimento de mulheres vitimizadas pela violência doméstica. Apreciadora da música e das artes manuais, sem no entanto ter habilidade para tal, está sempre em busca das artesanias que encontram as brechas do cotidiano. Leitora e apaixonada pelas palavras, acredita que a literatura tem uma forma delicada de trazer reflexões importantes
e desconfortos mobilizadores, e que afeto e poesia também cabem na escrita acadêmica.
Mariana Magalhães
Mulher branca, carioca, mãe apaixonada pelo príncipe Theo. Fundadora e diretora do Instituto Ciclos: Arte do Contato em Gestalt-terapia — curso de formação em Gestalt-terapia. Psicóloga graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Gestalt-terapia e
Atendimento Familiar (IGT). Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente em faculdades, universidades e cursos de formação em Gestalt-terapia. Psicóloga clínica que realiza atendimentos individuais e de grupos, casais e famílias. Supervisora
clínica.
Mayana Tomaz
Uma mulher nordestina de raízes cearenses, ativista feminista na Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa). Psicóloga, Gestalt-terapeuta, redutora de danos, supervisora clínica e terapeuta de casais. Suas pesquisas e práticas profissionais
versam sobre arranjos relacionais, não monogamia, feminismos e clínica, sempre de uma perspectiva crítica e interseccional.
Renata Aparecida Basto Santos
Psicóloga clínica formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Sou especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto Gestalt de São Paulo (IGT), em Psicosexologia e Educação Sexual pelo Instituto Passo 1 em parceria com o Centro de Referência em Sexualidade (Cresex) e em Fenomenologia Decolonial e Clínica Ampliada pelo Núcleo de Clínica Ampliada Fenomenológica Existencial (Instituto Nucafe). Tenho pós‑formação em Gestalt-terapia pelo Instituto Gestalt de Roraima (IGT-RR) e atuo como supervisora e docente em institutos com enfoque gestáltico. Na clínica, atendo adultos e meus temas
principais de estudo são: sexualidades, relações raciais, decolonialidade e contracolonialidade.
Renata Inã Kamekran (Renata Almeida Figueira)
Psicóloga, doutoranda em Psicologia na Universidade Federal do Pará (Ufpa) na linha Fenomenologia: Teoria e Clínica. Tenho pós-graduação em Psicologia Clínica em Gestalt-terapia. Sou mulher cis indígena, artista, paraense, pessoa com deficiência, pianista, professora de ensino superior e pesquisadora. Sócia no espaço terapêutico Canto das Emoções — Psicologia, Educação e Arte, onde atuo em atendimentos clínicos individuais e em grupo. Integro, na Ufpa, o Núcleo de Pesquisa em Gestalt-terapia
(NPGT), e minhas áreas de interesse são: fazer clínico, interseccionalidades, Gestalt-terapia, arte e educação.
Thainá Nogueira Anegue
Mulher preta carioca de favela, nascida e criada nos solos quentes da Vila Kennedy, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. Filha de Márcia Cristina Nogueira e Lindembergue Moura Anegue, neta de Ruth Caetano e Sonia Maria, João Nogueira e Raimundo Mundico (in memoriam). Mangueirense, nutrida pela arte, pelo samba, pela dança, pela música e pelo movimento. Psicóloga, Gestalt-terapeuta, coordenadora pedagógica do Instituto
Quilombo Gestáltico, atua no Sistema Único de Assistência
Social (Suas) no município do Rio de Janeiro, onde compôs o grupo de trabalho para a elaboração do caderno de orientações técnicas do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif). Idealizadora do Grupo de Mulheres Elas por Elas, formado por mulheres acompanhadas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) em Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro. Tendo o afeto como guia, atravessada pelas discussões no campo das relações étnico-raciais, políticas públicas, favelidades e Gestalt-terapia, de gargalhada nada discreta e temperamento
expansivo-indignado, acredita na potência dos encontros como desvio e abertura de possibilidades.
Tiago Ferreira
Graduado em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e especialista em Saúde da Família pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Mestre e doutorando em Psicologia pela Ufba. Formado em Gestalt-terapia pelo Instituto de Gestalt-Terapia da Bahia (IGTBA). Atua como psicólogo clínico e é cofundador da Afya Psicologia.
Yanny Santana
Mulher negra, bissexual, 34 anos, filha de Xangô e Iansã. Vem construindo um caminho ancestral como filha do Quintal da Mata. Filha de Seu Rubem e Dona Vera, tia de muitos. Desde pequena, encontra na música um lugar de afeto e boas memórias, um lugar de cura. Pisa no chão do terreiro desde agosto de 2023 e, desde então, tem vivenciado inúmeras descobertas e se reconectado com a ancestralidade. Atualmente, faz parte da curimba da casa como a mão de ferro e a voz que puxa as doutrinas, arriscando, na licença do sagrado, alguns toques nos tambores e na cabaça, e vem sendo curada a cada batida, letra e movimento. Aprender com a pajelança cada grande ensinamento do poder da cura é, para ela, uma honra, e relacionar essa escrita com aquilo que considera um pulsar de vida é mais uma certeza de que Exu abre caminhos para que dê passos. É uma honra, para ela, escrever memórias para o futuro. Psicóloga pela Universidade Ceuma (Uniceuma) e Gestalt-terapeuta pela Faculdade Inspirar, tem formação em Psicologia Preta/Afroperspectivada pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). É mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos e Afro-brasileiros da Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
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