ISBN: 9788587478702

Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação

Organizador(es): Giovana Xavier, Juliana Barreto Farias

Autor(es): Adriana Dantas Reis, Antonio Liberac Cardoso Simões Pires, Camillia Cowling, Eduardo França Paiva, Flavia Fernandes de Souza, Flavio Gomes, Giovana Xavier, Isabel Cristina Ferreira dos Reis, Juliana Barreto Farias, Luciano Figueiredo, Marcelo Paixão, Maria Cristina Cortez Wissenbach, Maria Helena P. T . Machado, Mary C. Karasch, Paulo Roberto Staudt Moreira, Petrônio Domingues, Sandra Lauderdale Graham, Sandra Sofia Machado Koutsoukos, Solange P. Rocha, Valéria Costa

Como foi a participação das mulheres cativas na sociedade escravista e nas primeiras décadas da pós-emancipação? Como protestaram mirando a escravidão e contrariando a ideia de que aceitaram com passividade a opressão imposta? Os ensaios desta coletânea, que abrange os séculos 18 a 20, constituem um quadro amplo e fascinante das experiências das mulheres africanas, crioulas, cativas e forras.

R$117,00

Calcular Frete
Forma de Envio Custo Estimado Entrega Estimada
ISBN: 9788587478702

Assuntos: , , , ,

Editora: Selo Negro Edições

Se preferir, compre este livro nos sites de nossos parceiros abaixo:



Detalhes do Livro

ISBN 9788587478702
REF: 40070
Edição 1
Ano 2012
Nº de Páginas 320
Peso 0,5 kg
Formato 17 × 24 cm

Giovana Xavier

É doutora em História Social pela Unicamp (2012), graduada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (2005). Foi professora de Didática Especial e Prática de Ensino de História na UFRJ. Entre 2009 e 2010, participou das atividades do Departamento de História da New York University como pesquisadora visitante. É autora de vários artigos e capítulos de livros e atualmente desenvolve pesquisas na área de Ensino de História e História da América, com ênfase em gênero, raça, história transnacional e Diáspora africana na pós-emancipação.

Juliana Barreto Farias

Professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro‑Brasileira (Unilab) e do Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Culturas Negras e Povos Indígenas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), fez estágio pós‑doutoral em História da África na Universidade de Lisboa. É autora do livro Mercados minas — Africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830‑1890) (Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2015), premiado pelo mesmo arquivo e pela USP‑Capes em 2014. Coorganizou, com Flávio Gomes e Giovana Xavier, a coletânea Mulheres negras no Brasil escravista e do pós‑emancipação (São Paulo: Selo Negro, 2012). E‑mail: juliana_bfarias@homail.com

Adriana Dantas Reis


É professora de graduação e pós-graduação na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Tem graduação (1994) e mestrado em História (1999) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sendo que concluiu o doutorado pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 2010). Autora de livros e artigos nas temáticas de gênero e de escravidão, coordena atualmente a pesquisa “Gênero, cor e mobilidade social na Bahia, 1700-1850”.

Antonio Liberac Cardoso Simões Pires


É professor de graduação e pós-graduação na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Organizador de coletâneas, é autor de livros e artigos na temática de história social e cidadania, destacando-se a capoeiragem e as práticas culturais no Brasil pós-colonial. Atualmente é um dos dirigentes do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do Recôncavo da Bahia.

Camillia Cowling


É professora da Universidade de Edimburgo, Reino Unido. Seu livro Conceiving freedom: women of colour, gender and the abolition of slavery in Havana and Rio de Janeiro será lançado pela University of North Carolina Press em 2013. Entre suas publicações recentes sobre a temática destacam-se “As a slave woman and as a mother: women and the abolition of slavery in Havana and Rio de Janeiro” em Social History (2011) e “Funding freedom, popularizing politics: abolitionism and local emancipation funds in 1880s Brazil” (em coautoria com Celso Castilho) em Luso-Brazilian Review (2010). Este último artigo, que ganhou o prêmio da Conference on Latin American History 2011, será publicado em português em Afro-Ásia, n. 47 (2013).

Eduardo França Paiva


É professor de graduação e pós-graduação e também diretor do Centro de Estudos sobre a Presença Africana no Mundo Moderno (Cepamm) da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador do CNPq e da Fapemig e também pesquisador associado ao GDRI Esclavages (CNRS / EHESS), de Paris, e à Escuela de Estudios Hispano Americanos (EEHA / CSIC), de Sevilla. Tendo pós-doutorados na EEHA / CSIC (2012 / 2013) e no CNRS / EHESS, foi professor e pesquisador visitante na Katholieke Universiteit Leuven (2006), na Universidad Pablo Olavide-Sevilla (2009 e 2010) e na EEHA / CSIC (2007, 2009 e 2010). Publicou vários livros, capítulos e artigos científicos em diversos países. É autor de Escravos e libertos nas Minas Gerais do século XVIII (Annablume, 2009) e de Escravidão e universo cultural na colônia (Editora UFMG, 2009).

Flavia Fernandes de Souza


É licenciada em História (2006) e mestre em História Social (2009) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sua dissertação Para casa de família e mais serviços foi premiada (com menção honrosa) pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (2010). Atualmente, é integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais, Sociedade e Política (CNPq) e investigadora auxiliar do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa (Clepul-3). É autora de artigos sobre história do trabalho doméstico e escravidão no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX .

Flavio Gomes


Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do CNPq. Autor, entre outros livros, de Mocambos e quilombos: história do campesinato negro no Brasil (Cia. das Letras, 2015) e Negros e políticas (Jorge Zahar, 2005). Foi co-organizador dos livros Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação (2012) e Políticas da raça (2014), ambos pela Editora Selo Negro.

Giovana Xavier


É doutora em História Social pela Unicamp (2012), graduada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (2005). Foi professora de Didática Especial e Prática de Ensino de História na UFRJ. Entre 2009 e 2010, participou das atividades do Departamento de História da New York University como pesquisadora visitante. É autora de vários artigos e capítulos de livros e atualmente desenvolve pesquisas na área de Ensino de História e História da América, com ênfase em gênero, raça, história transnacional e Diáspora africana na pós-emancipação.

Isabel Cristina Ferreira dos Reis


É professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), da pós-graduação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), e membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do Recôncavo da Bahia (Neab / UFRB). É doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de autora do livro Histórias de vida familiar e afetiva de escravos na Bahia do século XIX (Centro de Estudos Baianos da UFBA, 2001).

Juliana Barreto Farias


Professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro‑Brasileira (Unilab) e do Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Culturas Negras e Povos Indígenas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), fez estágio pós‑doutoral em História da África na Universidade de Lisboa. É autora do livro Mercados minas — Africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830‑1890) (Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2015), premiado pelo mesmo arquivo e pela USP‑Capes em 2014. Coorganizou, com Flávio Gomes e Giovana Xavier, a coletânea Mulheres negras no Brasil escravista e do pós‑emancipação (São Paulo: Selo Negro, 2012). E‑mail: juliana_bfarias@homail.com

Luciano Figueiredo


É professor associado da Universidade Federal Fluminense, bacharel e licenciado (1982) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e mestre (1989) e doutor (1996) em História Social pela Universidade de São Paulo. Atuou como diretor da área de pesquisa e editoração do Arquivo Nacional na década de 1980, fundou e dirigiu entre 2003 e 2012 as revistas Nossa História e Revista de História da Biblioteca N acional, realizando diversos projetos voltados para a popularização da disciplina. Parte de sua obra contempla estudos sobre a condição feminina. Entre seus livros estão: O avesso da memória: cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no século XVIII (José Olympio / Edunb, 1993), Barrocas famílias - Vida familiar em Minas colonial (Hucitec, 1997) e Mulher e família na América Portuguesa moderna (Atual, 2003).

Marcelo Paixão


É professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador do CNPq e da Faperj. É graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), mestre em Engenharia de Produção pela mesma instituição (1994) e doutor em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (2005). Membro do Conselho Universitário da UFRJ, coordena também o Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), criado em 2006. É autor de livros e artigos em periódicos nacionais e estrangeiros sobre desigualdades etnorraciais, relações de trabalho do meio urbano e rural e crise do mundo do trabalho.

Maria Cristina Cortez Wissenbach


É professora de História da África na Universidade de São Paulo. Mestre e doutora pelo Programa de História Social da mesma universidade, realizou seu pós-doutorado na Universidade de Campinas, no IFCH / Cecult. Coordena e orienta estudos nas áreas de história da escravidão nas Américas e história da África pré-colonial e desenvolve pesquisas sobre as dinâmicas do comércio e as estruturas de poder na África centro-ocidental (norte de Angola) entre as décadas de 1840 e 1870. É organizadora de coletâneas e autora de livros, capítulos e artigos em revistas acadêmicas. Entre seus livros e artigos estão Sonhos africanos, vivências ladinas (Hucitec, 1998, 2010) e “Entre a liberdade e a escravidão: dimensões de uma privacidade possível”, capítulo do volume 3 da História da vida privada no Brasil (org. Nicolau Sevcenko, Companhia das Letras, 1998).

Maria Helena P. T . Machado


É professora titular do Departamento de História da USP. Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo, tem pós-doutorado em História pela mesma instituição (1995). É professora visitante da Universidade de Michigan desde 1997 e exerceu a mesma função na Universidade de Harvard (2003-2004). Entre suas publicações constam livros e artigos sobre criminalidade escrava, abolição, viagens científicas, a questão da raça no século XIX e biografias de escravas, destacando-se: O plano e o pânico - Os movimentos sociais na década da abolição (Edusp, 2010) e O Brasil no olhar de William James (Edusp, 2010).

Mary C. Karasch


Concluiu seu doutorado na University of Wisconsin (1972). É professora emérita de História na Oakland University (Rochester, Michigan), onde lecionou até 2010. Foi professora da Universidade de Brasília (1977-1978) e da Universidade Federal de Goiás (1993, 1996). Seu principal livro Slave life in Rio de Janeiro, 1808-1850 (Princeton University Press, 1987) foi traduzido como A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850 (Companhia das Letras, 2000). Entre seus artigos recentes estão “Construindo comunidades: as irmandades dos pretos e pardos” (História Revista, 2010) e “Quality, nation, and color: constructing identities in Central Brazil, 1775-1835” (Estudios Interdisciplinarios de América Latina y el Caribe, 2008).

Paulo Roberto Staudt Moreira


Professor titular de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e professor visitante do Programa de Pós‑Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e historiógrafo do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. E‑mail: staudtmoreira315@gmail.com

Petrônio Domingues


Petrônio Domingues

Graduado, mestre e doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). É professor na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Pesquisador convidado na Rutgers The State University of New Jersey (EUA), com bolsa da Capes, desenvolve pesquisas sobre populações da Diáspora africana no Brasil e nas Américas, pós-emancipação, movimentos sociais, identidades, biografias, multiculturalismo e diversidade etnorracial. É um dos autores / organizadores do livro Experiências da emancipação (Selo Negro, 2011), autor do livro A nova abolição Selo Negro, 2008) e um dos autores do livro Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação (Selo Negro, 2012).

Sandra Lauderdale Graham


É professora de História aposentada da Universidade de Texas, em Austin. Doutora em História pela Universidade do Texas e mestre em Sociologia pela Universidade de Cornell, lecionou na Universidade de La Trobe, em Melbourne, Austrália, no Mount Holyoke College, em Massachusetts, e na Universidade do Novo México. É autora de Caetana diz não: histórias de mulheres na sociedade escravista brasileira e Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro, 1860-1910, ambos publicados pela Companhia das Letras. Publicou artigos e capítulos sobre prostitutas, escravas, libertas e seus usos da cultura escrita, como “Ser mina no Rio de Janeiro do século XIX” (Afro-Ásia, n. 45, 2012). Atualmente, finaliza o livro Quando a família falhou: lidando com conflito e morte no Brasil do século XIX.

Sandra Sofia Machado Koutsoukos


Realizou doutorado (2006) e pós-doutorado (2011) em Multimeios pela Unicamp. Graduada em Belas Artes pela UFRJ (1987) e mestre em Artes pela Unicamp (1994), participou, como pesquisadora convidada, das atividades do Center for Latin American Studies da Universidade de Stanford (2010). Ministrou disciplina na graduação em Midialogia, na Unicamp, por dois semestres. Tem vários artigos publicados e é autora do livro Negros no estúdio do fotógrafo (Editora da Unicamp, 2010). Atualmente, pesquisa fotos e histórias de pessoas, exibindo-as em circos, feiras, exposições e museus de meados do século XIX ao início do XX.

Solange P. Rocha


É professora de graduação e pós-graduação da Universidade Federal da Paraíba. Concluiu mestrado e doutorado na Universidade Federal de Pernambuco. É autora de livros e artigos sobre a temática, com destaque para o livro Gente negra na Paraíba oitocentista (Prêmio Anpuh-Tese, 2007-2009) e o artigo “Antigas personagens, novas histórias: memórias e histórias de mulheres escravizadas na Paraíba oitocentista”. Sua dissertação de mestrado recebeu o I Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero (SPM, 2006). Foi uma das organizadoras da obra População negra na Paraíba (2010) e atualmente coordena o projeto sobre as redes de sociabilidades e os arranjos familiares estabelecidos por pessoas negras (escravizadas, libertas e livres) na Paraíba oitocentista.

Valéria Costa


Professora adjunta do Departamento e do Programa de Pós‑Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na área de História da África. Desenvolve pesquisas nas áreas de escravidão e diáspora africana no século XIX, religiões e cultura afro‑brasileira. Entre suas principais publicações estão: Òmìnira — Mulheres e homens libertos da Costa d’África no Recife (c.1846‑c.1890) (Alameda, 2021) e É do dendê! — Histórias e memórias urbanas da nação xambá no Recife (1950‑1992) (Annablume, 2009). Co‑organizadora do livro Religiões negras no Brasil (Selo Negro, 2016) e organizadora do livro Travessias no Atlântico negro (Selo negro, 2023). E‑mail: valeriaodecosta@gmail.com

Leia o sumário e as primeiras páginas deste livro abaixo ou, se preferir, faça o download do PDF

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab

Download [108.35 KB]

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação”

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode gostar de…

Travessias no Atlântico negro

Tráfico, biografias e diáspora (África‑Brasil), séculos XVII‑XIX
Antonia da Silva Mota
Cândido Domingues
Daniele Santos de Souza
e mais 9 autores
R$74,70

“Reunindo textos inéditos de doze pesquisadores de distintas regiões do Brasil, esta obra reconstrói as experiências de personagens negros até então pouco conhecidos. Os autores são historiadores jovens e consagrados que compartilham o compromisso com a pesquisa empírica, lendo nas entrelinhas processos judiciais, contratos, registros paroquiais e correspondência oficial para recuperar a agência histórica de homens e mulheres africanos e seus descendentes. Ao tratar da escravidão e da liberdade, os estudos aqui apresentados centram-se nos indivíduos, resgatando essas vidas do anonimato e demonstrando como a instituição da escravidão afetou a todos — escravizados, libertos e livres. Cada capítulo revela a riqueza de nossos arquivos e a sensibilidade dos autores, que, com base em fragmentos históricos, recompuseram com maestria a trama complexa dos laços que unem a África e o Brasil, buscando compreender como africanos e seus descendentes ultrapassaram as limitações e a violência do cativeiro desde o século XVII. O resultado é uma obra comprometida a revelar as raízes do racismo estrutural que caracteriza a sociedade brasileira e o papel da desigualdade e da violência racial na formação do país. Leitura fundamental para compreendermos a dívida histórica do Brasil para com os descendentes dos mais de 5,5 milhões de africanos escravizados que chegam aos portos brasileiros durante os mais de quatro séculos de existência do tráfico de almas.”

Texto de Mariana P. Candido, professora e pesquisadora do
Departamento de História da Universidade Emory (Atlanta, Estados Unidos)

 

 

Experiências da emancipação

Biografias, instituições e movimentos sociais no pós-abolição (1890-1980)
Beatriz Ana Loner
Elizabeth do Espírito Santo Viana
Flavio Gomes
e mais 10 autores
R$114,10

Esta coletânea reúne a história de milhares de ex-escravos e de seus descendentes dos últimos anos do século XIX até a década de 1980. De forma plural e inovadora, analisa os significados do pós-abolição – período de propostas, lutas e expectativas – por meio de biografias, da trajetória dos movimentos sociais e da formação e consolidação de instituições negras.

Religiões negras no Brasil

Da escravidão à pós-emancipação
Adriano Bernardo Moraes Lima
Cristiana Tramonte
Flavio Gomes
e mais 17 autores
R$120,90

Na historiografia brasileira, ainda são poucos os estudos que revelem em detalhe as práticas cotidianas, de invenção da cultura – também aquela material –, cobrindo todo o Brasil rural e urbano da escravidão e pós-emancipação. O que acontecia no interior das senzalas, nas matas circunvizinhas das fazendas ou nos becos, casebres e zungus (como eram chamadas as moradas dos africanos e crioulos nas cidades)? Muita coisa a ser redescoberta, descrita e analisada. Entre os séculos XVII e XIX, as experiências religiosas, sobretudo as de origem africana, foram reinventadas e modificadas permanentemente em diversos espaços. Nesta coletânea, os organizadores reuniram pesquisas inéditas sobre as formações religiosas negras em cidades coloniais e pós-coloniais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Maranhão, Alagoas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Das devassas em torno dos calundus ao sincretismo com o catolicismo de monges beneditinos; da perseguição do Tribunal de Inquisição às santas africanas; do medo da feitiçaria à união entre religião e política; das batidas policiais que reprimiam e perseguiam as casas de dar fortuna, os cangerês e o candomblé às influências africanas sobre festas religiosas católicas.Assim, este livro mostra que, ao longo do tempo, experiências religiosas se inventaram e renovaram-se, perdendo e ganhando sentidos, significados e símbolos. Em meio à intolerância – inclusive racial, social e cultural –, encontramos disputas pela memória, pela origem e pelos mercados da crença.

Políticas da raça

Experiências e legados da abolição e da pós-emancipação no Brasil
Celso Thomas Castilho
Daryle Williams
Elione Silva Guimarães
e mais 16 autores
R$110,70

Esta coletânea, escrita por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, aborda um longo período da história do nosso país: dos anos 1870, com o início do movimento abolicionista, a 2010, quando o STF julgou constitucionais as cotas raciais na Universidade de Brasília. Entre outros assuntos abordados estão: a formação dos quilombos; a migração de libertos por São Paulo e Rio de Janeiro; os negros no movimento republicano brasileiro; as representações culturais dos negros na música, na cultura, nas artes e na religião; linchamentos raciais no Oeste paulista; a luta entre imigrantes e ex-escravizados pela posse de terra e por moradia; a atuação dos negros na luta contra a monarquia; as relações entre o movimento operário e os trabalhadores negros; comunismo, integralismo e a Frente Negra Brasileira. Trata-se de uma obra completa, lastreada tanto pelo uso de fontes e abordagens diversas quanto pela pluralidade de ideias e pela multiplicidade de interpretações.