ISBN: 9788584550166

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Intelectuais negras e negros na escravidão e na liberdade

Organizador(es): Flavio Gomes, Iamara Viana

Autor(es): Aline Sônego, Antonio Carlos Higino da Silva, Antonio Liberac Cardoso Simões Pires, Bruno Rodrigues de Lima, Bárbara Canedo Ruiz Martins, Darville Lizis, Flavio Gomes, Helen da Silva Silveira, Higor Ferreira, Iamara Viana, Marcus Vinicius Fonseca, Maria Helena P. T. Machado, Mayara Santos, Mário Medeiros, Noemi Santos da Silva, Silvio Cezar de Souza Lima, Valdeci Silva Mendes

Durante a escravidão e as primeiras décadas do pós-abolição, diversos homens e mulheres que atuavam como jornalistas, advogados, artistas, padres, médicos, engenheiros, poetas, escritores e educadores pensaram e escreveram sobre o Brasil. Essa produção, na maioria das vezes invisibilizada pelo racismo, propôs utopias, criticou as desigualdades e refletiu sobre diversas dimensões da vida pública brasileira. Este livro visa jogar luz sobre o pensamento e as ações desses intelectuais negros e negras. Que estratégias utilizaram para se fazer reconhecidos? Que caminhos tiveram de trilhar para burlar um sistema opressor, que buscava apagá-los da história? Nesta obra, que reúne pesquisadores de todo o Brasil, o leitor encontrará interpretações originais sobre personagens negras e negros dos séculos XIX e XX e sobre suas contribuições em diversos campos. Do conhecidíssimo Luiz Gama ao primeiro beato negro do Brasil, passando por nossa primeira médica negra e por uma de nossas maiores escritoras, os textos aqui presentes descortinam um passado histórico rico em conhecimento e resistência.

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ISBN: 9788584550166

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Editora: Selo Negro Edições

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Detalhes do Livro

ISBN 9788584550166
REF: 42016
Edição 1
Ano 2024
Nº de Páginas 280
Peso 0,466 kg
Formato 1,30 × 17 × 24 cm

Flavio Gomes

Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem publicado livros, coletâneas e artigos desenvolvendo pesquisas em história comparada, cultura material, demografia, escravidão, cartografia e pós-emancipação nas Américas, especialmente Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa e Cuba. Coordena o Laboratório de História Atlântica (Leha) do Instituto de História da UFRJ.

Iamara Viana

Pós-doutora em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora e mestre em História pela mesma instituição, onde atua como professora na graduação e no mestrado profissional em Ensino de História. Professora no Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ; líder do Núcleo de Pesquisas Educação, Corpos, Histórias e Memórias Negra da Uerj; Jovem Cientista do Nosso Estado/Faperj. Suas pesquisas enfocam o corpo africano escravizado, mulheres negras na escravidão e no pós-emancipação, medicina e pensamento médico no século XIX, história das doenças e da saúde na escravidão, letramento e escolarização negra na escravidão e no pós-emancipação, ensino de história.

Aline Sônego


Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em História pela Universidade de Passo Fundo (UPF), especialista em História do Brasil (2005) e graduada em História (2002) pela UFSM. Servidora pública, atua no Centro de Artes e Letras da Universidade Federal de Santa Maria. Também é integrante do Grupo de Estudos sobre Pós-Abolição (Gepa/UFSM). Áreas de pesquisa: escravidão e liberdade no século XIX, imprensa negra e protagonismos negros no pós-abolição.

Antonio Carlos Higino da Silva


Doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Estagiou na Rice University (Estados Unidos). Realizou intercâmbio pelo Programa Erasmus+, compondo o Laboratório do Centre de la Méditerranée Moderne et Contemporaine da Université Nice Sophia, atual Université Côte d’Azur. Participação no projeto Narrativas do Rio, da plataforma ImagineRio. Pós-doutor pelo Programa de Pós-graduação de História da Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente, integra a formação básica em Psicanálise do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise, seção Fortaleza.

Antonio Liberac Cardoso Simões Pires


É professor de graduação e pós-graduação na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Organizador de coletâneas, é autor de livros e artigos na temática de história social e cidadania, destacando-se a capoeiragem e as práticas culturais no Brasil pós-colonial. Atualmente é um dos dirigentes do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do Recôncavo da Bahia.

Bárbara Canedo Ruiz Martins


Bacharel e licenciada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em História Comparada pela mesma instituição. Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Historiadora especializada em história da escravidão no século XIX. Atualmente, investiga os sentidos e significados da instrução de trabalhadores, no pós-abolição, no Rio de Janeiro. Integra o projeto “Escrita, escolarização, cor e letrados no Brasil da escravidão e da pós-emancipação (1860-1908) — As experiências de escravizados, libertandos, libertos e seus descendentes”, coordenado pelos profs. drs. Iamara Viana e Flávio dos Santos Gomes.

Bruno Rodrigues de Lima


Autor de Luiz Gama contra o Império — A luta pelo direito no Brasil da escravidão, organizou os 11 volumes das Obras completas de Luiz Gama. É advogado e historiador do direito, graduado em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em História do Direito pela Universidade de Frankfurt (Alemanha), com tese sobre a obra jurídica de Luiz Gama. Em 2022, ganhou o prêmio Walter Kolb de melhor tese da Universidade de Frankfurt e, em 2023, a medalha Otto Hahn da Sociedade Max Planck.

Darville Lizis


Doutorando em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Estudos Literários pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Mestre em Letras Vernáculas pela UFRJ e especialista em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Literaturas Portuguesa e Africanas pela mesma instituição. Especialista em Língua Portuguesa pela Uerj. Bacharel e licenciado em Letras e em História pela UFRJ. Atualmente, é professor da rede pública do município de Queimados, no Rio de Janeiro.

Flavio Gomes


Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem publicado livros, coletâneas e artigos desenvolvendo pesquisas em história comparada, cultura material, demografia, escravidão, cartografia e pós-emancipação nas Américas, especialmente Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa e Cuba. Coordena o Laboratório de História Atlântica (Leha) do Instituto de História da UFRJ.

Helen da Silva Silveira


Bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestra em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutoranda em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro do Grupo de Estudos sobre Pós-Abolição (Gepa) da UFSM. Áreas de interesse: história social da escravidão, pós-abolição e educação para as relações étnico-raciais.

Higor Ferreira


Bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em História Comparada pela UFRJ e mestre em Educação na linha de Currículo e Linguagem pela mesma instituição. Participante de projetos de pesquisa do CNPq pela UFRJ e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de exercer a função de pesquisador visitante na Rice University (Estados Unidos). É professor no Colégio Pedro II, lecionando em turmas de ensino médio e na especialização em Ensino de História da África. Produz pesquisas com ênfase nas experiências de instrução letrada voltadas para negros livres, libertos e escravizados na corte imperial, evocando os sentidos de liberdade obtidos por meio da alfabetização e do letramento. Criador de conteúdo audiovisual destinado a públicos acadêmicos e não acadêmicos nas mídias digitais.

Iamara Viana


Pós-doutora em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora e mestre em História pela mesma instituição, onde atua como professora na graduação e no mestrado profissional em Ensino de História. Professora no Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ; líder do Núcleo de Pesquisas Educação, Corpos, Histórias e Memórias Negra da Uerj; Jovem Cientista do Nosso Estado/Faperj. Suas pesquisas enfocam o corpo africano escravizado, mulheres negras na escravidão e no pós-emancipação, medicina e pensamento médico no século XIX, história das doenças e da saúde na escravidão, letramento e escolarização negra na escravidão e no pós-emancipação, ensino de história.

Marcus Vinicius Fonseca


Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). É professor associado do Departamento de Educação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Autor de A educação dos negros — Uma nova face do processo de abolição do trabalho escravo no Brasil e População negra e educação — O perfil racial das escolas mineiras no século XIX, é um dos organizadores de Educação e relações étnico-raciais no Brasil e A história da educação dos negros no Brasil.

Maria Helena P. T. Machado


Professora titular do Departamento de História da Universidade de São Paulo e pesquisadora do CNPQ. Atuando há décadas na área da história social da escravidão e do pós-emancipação, é autora de artigos, capítulos de livros e livros, dos quais se destaca o livro em coautoria com Antônio Alexandre Cardoso: Geminiana e seus filhos — Uma história de escravidão e morte, maternidade e infância. Atualmente, se dedica ao campo da história da escravidão, maternidade e gênero, participando e coordenando grupos de pesquisa dedicados a essa temática. Sublinhem-se suas publicações a respeito da vida e da obra da escritora Maria Firmina dos Reis, tais como estabelecimento de texto e ensaio inicial do livro de Maria Firmina dos Reis, Úrsula; artigo “Maria Firmina dos Reis e a escrita íntima do si mesmo”; e capítulo de livro “Maria Firmina dos Reis, nineteenth-century, Maranhão (Brasil)”.

Mário Medeiros


Professor livre docente do Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e diretor do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL). Pesquisador dos seguintes temas: pensamento social brasileiro, literatura e sociedade, intelectuais negros, memória social. Autor dos livros Os escritores da guerrilha urbana — Literatura de testemunho, ambivalência e transição política (1977-1984) e A descoberta do insólito — Literatura negra e literatura marginal no Brasil (1960-2020). Co-organizador das obras Polifonias marginais (2015) e Rumos do Sul — Periferia e pensamento social.

Mayara Santos


Formada em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem mestrado pela mesma instituição, onde desenvolveu a dissertação intitulada Maria Odília Teixeira — A primeira médica negra da Bahia (1884-1937), que foi recentemente adaptada para o cinema através do documentário Quem é essa mulher? A história da primeira médica negra do Brasil. É doutoranda na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde pesquisa a presença negra na Faculdade de Medicina da Bahia. É professora substituta de Teoria da História da Universidade Estadual da Bahia (Uneb).

Noemi Santos da Silva


Doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Graduada e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFP). Desenvolveu pesquisa sobre a construção popular do direito à educação, com ênfase nas populações negras, entre o século XIX e XX. Tem experiência na área na história social da escravidão, emancipações, abolicionismo, pós-abolição, história da educação e história do trabalho. Compõe a coordenação da setorial sul e setorial Paraná do GT Emancipações Pós-Abolição (Anpuh). Atualmente é professora colaboradora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Silvio Cezar de Souza Lima


Bacharel e licenciado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Mestre em História das Ciências e da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Doutor em História das Ciências e da Saúde pela Fiocruz. Professor adjunto na Universidade Federal Fluminense (UFF), docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino da UFF e diretor do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior da mesma instituição. Estuda os seguintes temas: medicina e escravidão; teorias raciais; intelectuais negros; educação e relações étnico-raciais. É pesquisador do Laboratório de Pesquisa e Ensino em História da UFF e suas pesquisas principais pesquisas abarcam raça, ciência e sociedade no Brasil oitocentista e medicina e escravidão: corpo, saúde e doença dos escravizados nos discursos e práticas médicas do século XIX (1830-1889).

Valdeci Silva Mendes


Doutor e mestre em Educação, com especialização em Docência do Ensino Superior e Gestão em Saúde Pública. Graduado em Enfermagem e Pedagogia. É técnico administrativo em Educação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Tem experiência na área de educação, atuando principalmente nos seguintes temas: relações raciais, formação em saúde/enfermagem e história do ensino de saúde/enfermagem no Brasil a partir de uma abordagem étnico‑racial. Tem interesse na história de saúde da população negra no Brasil, em diálogo com a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra do Ministério da Saúde e das Leis n. 10.639/2003 e 11.645/2008. É autor de Ensinar a cuidar em enfermagem — Uma abordagem étnico‑racial, histórica e contemporânea. 

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e mais 9 autores
R$74,70

“Reunindo textos inéditos de doze pesquisadores de distintas regiões do Brasil, esta obra reconstrói as experiências de personagens negros até então pouco conhecidos. Os autores são historiadores jovens e consagrados que compartilham o compromisso com a pesquisa empírica, lendo nas entrelinhas processos judiciais, contratos, registros paroquiais e correspondência oficial para recuperar a agência histórica de homens e mulheres africanos e seus descendentes. Ao tratar da escravidão e da liberdade, os estudos aqui apresentados centram-se nos indivíduos, resgatando essas vidas do anonimato e demonstrando como a instituição da escravidão afetou a todos — escravizados, libertos e livres. Cada capítulo revela a riqueza de nossos arquivos e a sensibilidade dos autores, que, com base em fragmentos históricos, recompuseram com maestria a trama complexa dos laços que unem a África e o Brasil, buscando compreender como africanos e seus descendentes ultrapassaram as limitações e a violência do cativeiro desde o século XVII. O resultado é uma obra comprometida a revelar as raízes do racismo estrutural que caracteriza a sociedade brasileira e o papel da desigualdade e da violência racial na formação do país. Leitura fundamental para compreendermos a dívida histórica do Brasil para com os descendentes dos mais de 5,5 milhões de africanos escravizados que chegam aos portos brasileiros durante os mais de quatro séculos de existência do tráfico de almas.”

Texto de Mariana P. Candido, professora e pesquisadora do
Departamento de História da Universidade Emory (Atlanta, Estados Unidos)

 

 

Racismos

Antonio Carlos Lopes Petean
Dagoberto José Fonseca
Denize Ornelas Pereira Salvador de Oliveira
e mais 11 autores
R$84,40

Reunindo estudiosos de distintas áreas de atuação, este volume aponta os racismos como crimes que foram e são cometidos, desde sempre, de maneira nada ingênua e descomprometida. O racismo é sistêmico, processual, e seus tentáculos são vários, sustentados por ideias, visões de mundo e teses que advêm de diversos segmentos ou áreas do saber — teologia, filosofia, política, economia, tecnologia, sociologia, medicina, direito, linguística e antropologia. Entender essa base pseudocientífica de longa data nos dá a condição de analisar, interpretar e explicar o presente momento das relações étnico-raciais não só no Brasil como também em outras regiões do mundo.

 

Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil

Consciência em Debate
Sueli Carneiro
R$35,10

Entre 2001 e 2010, a ativista e feminista negra Sueli Carneiro produziu inúmeros artigos publicados na imprensa brasileira. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil reúne, pela primeira vez, os melhores textos desse período. Neles, a autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero. Num momento em que nosso país depara com temas polêmicos, como o Estatuto da Igualdade Racial e as cotas em universidades, a Coleção Consciência em Debate pretende discutir assuntos prementes que interessam não somente aos movimentos negros como a todos os brasileiros. Fundamental para educadores, pesquisadores, militantes e estudantes de todos os níveis de ensino. Coordenação de Vera Lúcia Benedito.